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Não falo de Igrejas, nem apregoo placas. Mas o intuito

é falar de Jesus. Das nossas mazelas e fraquezas humanas.

Do poder restaurador de Jesus,. dos desabafos em meio á

tantas desigualdades sociais...

Lembrar que se somos dele, aonde quer que estejamos Ele

se faz presente. Ele nos ama. E nos convoca a amá-lo como

ao nosso semelhante. (Raro isso não?)

Pois quem quizer entrar, a porta está aberta.

Meu nome é Cristina,

Aqui Prada Brasil*

Graça e Paz

quinta-feira, 24 de março de 2011

A simplicidade da fé

Certa vez um amigo, que atende pela alcunha de Amnyotep, fez a seguinte analogia sobre Star Wars:

“George Lucas, um ser antropomórfico e tridimensional, criou em sua mente todo um universo, com mundos e criaturas, que se manifesta nas telas, ou seja, num plano bidimensional.

Se qualquer um de seus personagens pudesse realmente existir, pensar por si mesmo, e em algum momento tivesse a intuição de ter sido criado, teria enorme dificuldade em visualizar ou compreender o que seja George Lucas, justamente por estar preso à um mundo de duas dimensões, que tem altura e largura, mas não tem profundidade.

Nada existe em seu mundo que possa provar a existência desse criador, exceto uma única característica que é comum à ele e George, que no caso é a mente, a capacidade de pensar.
Somente através de uma concepção mental partindo de evidências bidimensionais de seu próprio mundo (a lógica da criação), seria possível ter uma vaga idéia, que por melhor que seja, sempre será incompleta.”

Amnyotep


Diante dessa brilhante analogia, pergunto:

Existe algum meio de os personagens de Star Wars, caso adquirissem vida, entrar em contato com Lucas?

Vemos pelo texto que a mente (razão) lhes permitiria conjecturar a existência de George Lucas, mas não prová-la. Assim, podemos dizer que a razão é o primeiro passo, mas não o último?

Obviamente, a razão sempre é o primeiro modo para compreendermos ou conjecturarmos sobre um ser superior, é assim que começa. Entretanto, sabemos que a razão não nos permite contato com ele, pois nosso pensamento e entendimento são restritos a esta realidade somente, por isso, apenas podemos conjecturar sobre outras realidades, mas não podemos acessá-las ou provar que existem.

A partir dessa analogia, vemos que George Lucas, em nossa realidade, seria Deus. Assim, vemos que Deus está fora da realidade que conhecemos, pois se ele é o criador de nossa realidade, então essa realidade é menor que ele, logo, Deus não pode estar contido nela, então Deus está fora da realidade.

Apenas suas obras podem ser percebidas, mas seu ser, não. (para maiores esclarecimentos, por favor, leia aqui).

Se a razão nos permite apenas conjecturar sobre Deus, mas não nos dá condições de contatá-lo, então a emoção pode nos ajudar? Ou seja, se alguém chorar, berrar, ficar bravo ou indiferente, Deus irá manifestar-se?

Acredito que não, pois se até com nossos semelhantes tais atitudes nem sempre nos garantem algum fruto, dificilmente terá frutos com uma entidade superior.

Vemos que os Jedis usavam algo que chamavam de “Força” para acessar o sobrenatural. Seria, então, a Força um instrumento possível para um contato com Lucas?

Em nossa realidade existe a Força?

No episódio IV da saga Star Wars, um comandante cético dentro da estrela da morte duvidou de Darth Vader quando este mencionou o poder da Força, ele disse: “você e suas religiões antigas”, Vader se enfurece com o comentário e mostra seu poder, ou seja, mostra algo concreto e visível a esse comandante. Vemos que o cético, em sua racionalidade, considerava a Força apenas como uma crendice ultrapassada, por isso não a entendia ou não podia percebê-la, mas Vader mostrou que algo de fato existia.

Vemos, então, que a Força é a manifestação perceptível de algo fora do mundo material, mas apenas poucos a percebiam e a maioria não acreditava nela.

No universo de Star Wars, vemos que muitos eram instruídos formalmente na Força (jedis e siths), entretanto, havia quem também a conhecesse sem receber essa instrução formal.

Como isso era possível?

Um jovem chamado Anaquim Skywalker fazia uso da Força desde bem pequeno, mesmo sem saber o que era.

Ele acreditava na Força e ela era poderosa nele.

Em sua simplicidade infantil ele foi além.

Por quê?

Por que ACREDITAVA, só isso. Uma atitude típica de uma criança

Ele acreditou na Força, teve fé nela, por isso, ela tornou-se real.

Essa fé ativou poderes sobrenaturais ocultos, ativaram-se pela mente quando acreditou que era possível.

Jesus quando curava alguém, ele sempre dizia: sua fé o salvou (Lucas 18.42, Lucas 7.50, Marcos 9.22, entre outros)

Ele também disse em João 14.12: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.”

Essa é a Força.

Esse poder acessível pela fé também existe em nossa realidade. A fé de fato nos permite feitos sobrenaturais, mas o maior feito sobrenatural é a capacidade de contatar Deus.

A mente nos permite apenas conjecturar sobre Deus, mas é a fé que nos permite provar sua existência.

Em um primeiro momento a razão conjectura a existência de Deus, entretanto nada produz de concreto, pois algo concreto só pode acontecer se houver fé.

Após isso, em um segundo momento, quando surge a fé, então, essa fé genuína nos dá a capacidade de perceber o ente superior de forma transcendente, porém sem uma ação plenamente inteligível em seu processo inicial, pois não é necessário entender como funciona, basta acreditar.

Essa é uma fé infantil, semelhante à credulidade das crianças, observe a facilidade com que elas creem, elas acreditam em tudo o que dissermos a elas. O mesmo ocorre com essa fé inicial: basta acreditar para tornar-se real.

Mas não fica somente nisso.

Ainda em um terceiro momento, essa “percepção” inicial torna-se com o tempo plenamente inteligível, pois o entendimento é uma consequência natural. Assim, quando o entendimento passa a fazer parte desse processo de desenvolvimento da fé é que Deus se revela de forma perceptível por causa do vínculo criado com a fé no segundo momento.

Ou seja, primeiro acredita-se, depois é que tudo faz sentido.

Vemos com isso que a fé nem sempre está ligada à razão ou à emoção, porque para crer nem sempre é preciso entender ou sentir, porém, quando se procura entender ou sentir antes de crer, então a fé se torna inacessível.

Isso significa que a estupidez é o caminho da fé?

Não, não é isso.

Quero dizer apenas que não são exigidos grandes feitos ou grandes conhecimentos para desenvolvê-la, só isso. Também não são preciso ervas mágicas, rituais místicos, meditações, líderes espirituais ou guias sobrenaturais para que a fé se forme e se desenvolva.

Pode parecer estranho, mas pra quem acredita de fato na Bíblia (e não nos supostos “entendidos” dela), verá que ela nos fornece tudo o que precisamos para desenvolvermos a fé, seus poderes e contatarmos a Deus.

Basta ela e mais nada e ninguém.

Para Anakin, foi fácil controlar a Força, foi fácil acreditar nela, pois era criança, crianças acreditam com facilidade. A fé geralmente firma-se antes de uma compreensão plenamente racional (ou independente dessa compreensão), entretanto, quando é possível somar minha compreensão racional com minha fé, então meu horizonte será infinito. Quando ocorre apenas entendimento sem a fé, então nada acontece.

Entende o que quero dizer?

Quando acredito em Deus e acredito que ele pode manifestar-se, então, a partir daí, o próprio Deus se revela de forma verdadeiramente perceptível e pessoal, porque foi criado um vínculo quando houve a fé.

Pela fé tenho contato com Deus, mas somente pela mente, não.

A Realidade física e espiritual são coexistentes, não são auto excludentes, mas são, sem sombra de dúvida, independentes. Por isso a lógica de uma não se aplica necessariamente à outra.

Com a mente eu vejo e compreendo o mundo material, mas só posso ver o mundo espiritual se eu acreditar que ele existe, ou seja, pela fé.

Vou usar a alegoria da caverna, de Platão, para nos ajudar a compreender a diferença entre uma realidade e outra e entre as pessoas que acessam uma em relação àquelas que acessam as duas realidades.

Havia três homens que foram acorrentados, ainda crianças, dentro de uma caverna e de frente a uma parede no fundo desta caverna. Entretanto, atrás deles ficava uma fogueira permanentemente acesa e entre os três homens e a fogueira, existia um caminho. Por isso, eles viam as sombras das pessoas que passavam por esse caminho: viam adultos passando, crianças, animais, carroças e ouviam os sons de todos. Mas só viam as sombras.

Esses homens não conheciam cores, rostos, sorrisos e etc., apenas ouviam seus sons e viam suas sombras projetadas na parede.

Este era o mundo deles, era a realidade que conheciam.

Nada mais existia, só isso.

Porém, certo dia, alguém entrou nessa caverna e retirou um desses homens e o trouxe pra fora. Este homem, obviamente, foi pra fora contra a vontade, porque não entendia o que estava acontecendo e, pra piorar, quando chegou do lado de fora viu o sol, então seus olhos arderam muito, pois nunca tinha visto luz.

Sofreu com a luz.

Por isso odiou tudo.

Mas conforme seus olhos foram se acostumando com a luz do sol, então começou a perceber que as coisas tinham cores, que as pessoas tinham rostos e não usavam correntes como ele. Também viu que o mundo era imenso, muito maior do que jamais imaginou.

Ele, então, voltou feliz e correndo aos seus companheiros para dizer-lhes as coisas que tinha descoberto. Mas seus amigos não acreditaram nele, disseram que tinha enlouquecido, que essas coisas na verdade não existiam, não tinham sentido, não podiam ser provadas, seus argumentos não eram racionais e etc.

Eles só poderiam acreditar no que seu companheiro dizia apenas se experimentassem, se saíssem da caverna. Mas pra isso acontecer, eles teriam que acreditar apenas naquilo que seu amigo dizia, ou seja, teriam que ter fé, pois apenas pela razão ou emoção não conseguiriam visualizar essa outra realidade, mesmo que entendessem a explicação detalhada de seu companheiro, ainda assim, nada se tornaria real a não ser que acreditassem e por isso experimentassem.

É pela simplicidade igual à de uma criança que podemos crer, uma fé inocente:

“Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus”. Lc 18.16

“Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?”. Mt 21.16

“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” Mt 18.3

É isso.



Christian Brito
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2647255



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